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sábado, 27 de março de 2010

Toda mulher é doida.
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Impossível não ser...
A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida,
e dá-lhe usar o nosso poder de sedução para encontrar the big one!
Mas além disso, temos que ser independentes, bonitas, ter filhos
e fingir de vez em quando que somos santas, ajuizadas, responsáveis, e que nunca, mas nunca, pensaremos em jogar tudo pro alto e embarcar num navio pirata comandado pelo Johnny Depp,
ou então virar loura e cafetina, ou sei lá, diga aí uma fantasia secreta,
sua imaginação deve ser melhor que a minha.
Eu só conheço mulher louca.
Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então.
Também é louca.
E fascina a todos.
Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota.
Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora.
E santa,
fica combinado,
não existe.
Uma mulher que só reze,
que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada?
Você vai concordar comigo:
só se for louca de pedra.

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