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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Dica de Filme:
"A Troca"
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O filme "A Troca" aborda dois temas muito polêmicos: violência contra crianças e corrupção policial. O roteiro é baseado em uma história real, de uma mãe que tem o filho seqüestrado em Los Angeles no ano de 1928. Christine Collin enfrenta a polícia corrupta, políticos e o sistema manicomial. Vi este filme neste fds e amei, o seu lançamento nas telonas foi em janeiro deste ano, como ainda não tinha visto resolvi alugar, e não fiquei nem um pouco arrependida. Um filme profundamente emocionante, vale a pena conferir.
Quem nunca precisou dar um Ctrl+Alt+Del que atire a primeira tecla! Este trio de almofadas é a mais nova criação da dupla Erica Jung e Ricardo Marcin da Pintassilgo. Super mega inovador, nem preciso falar que AMEI né!? Eu quero!!!
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By Paulo Leminski...
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"rio do mistério
. que seria de mim
. se me levassem a sério?"
. [do livro Distraídos Venceremos]

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem caráter, nem dos sem ética. . . .O que mais preocupa é o silêncio dos bons! " .
(Martin Luther King)
Faz de Conta
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Não respondo teus e-mails, e quando respondo sou ríspido, distante, mantenho-me alheio: FAZ DE CONTA QUE EU TE ODEIO
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Te encho de palavras carinhosas, não economizo elogios, me surpreendo de tanto afeto que consigo inventar, sou uma atriz, sou do ramo: FAZ DE CONTA QUE EU TE AMO.
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Estou sempre olhando pro relógio, sempre enaltecendo os planos que eu tinha e que os outros boicotaram, sempre reclamando que os outros fazem tudo errado: FAZ DE CONTA QUE EU DOU CONTA DO RECADO.
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Debocho de festas e de roupas glamurosas, não entendo como é que alguém consegue dormir tarde todas as noites, convidados permanentes para baladas na área vip do inferno: FAZ DE CONTA QUE EU NÃO QUERO.
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Choro ao assistir o telejornal, lamento a dor dos outros e passo noites em claro tentando entender corrupções, descasos, tudo o que demonstra o quanto foi desperdiçado meu voto:FAZ DE CONTA QUE EU ME IMPORTO.
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Digo que perdôo, ofereço cafezinho, lembro dos bons momentos, digo que os ruins ficaram no passado, que já não lembro de nada, pessoas maduras sabem que toda mágoa é peso morto: FAZ DE CONTA QUE EU NÃO SOFRO.
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Cito Aristóteles e Platão, aplaudo ferros retorcidos em galerias de arte, leio poesia concreta, compro telas abstratas, fico fascinada com um arranjo techno para uma música clássica e assisto sem legenda o mais recente filme romeno: FAZ DE CONTA QUE EU ENTENDO.
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Tenho todos os ingredientes para um sanduíche inesquecível, a porta da geladeira está lotada de imãs de tele-entrega, mantenho um bar razoavelmente abastecido, um pouco de sal e pimenta na despensa e o fogão tem oito anos mas parece zerinho: FAZ DE CONTA QUE EU COZINHO.
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Bem-vindo à Disney, o mundo da fantasia, qual é o seu papel? Você pode ser um fantasma que atravessa paredes, ser anão ou ser gigante, um menino prodígio que decorou bem o texto, a criança ingênua que confiou na bruxa, uma sex symbol a espera do seu cowboy:FAZ DE CONTA QUE NÃO DÓI.
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"Mães só morrem quando querem"
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Eu tinha 7 anos quando "matei" minha mãe pela primeira vez...
Eu não a queria junto a mim quando chegasse à escola em meu primeiro dia de aula. Eu me achava forte o suficiente para enfrentar os desafios que a nova vida iria me trazer. Poucas semanas depois descobri aliviado que ela ainda estava lá, pronta para me defender não somente daqueles brutamontes que me ameaçavam, como das dificuldades instransponíveis da tabuada.
Quando fiz 14 anos eu a "matei" novamente...
Não a queria me impondo regras ou limites, nem que me impedisse de viver a plenitude dos vôos juvenis. Mas logo no primeiro porre eu felizmente a redescobri viva. Foi quando ela não só me curou da ressaca, como impediu que eu levasse uma vergonhosa surra do meu pai.
Aos 18 anos achei que "mataria" minha mãe definitivamente, sem chances para ressurreição. Entrara na faculdade, iria morar em república, faria política estudantil, atividades em que a presença materna não cabia em nenhuma hipótese. Ledo engano... Quando me descobri confuso sobre qual rumo seguir voltei a casa materna, único espaço possível de guarida e compreensão.
Aos 23 anos me dei conta de que a morte materna era possível, apenas requeria lentidão. Foi quando me casei, fiquei "bandeira de independência" e segui viagem. Mas bastou nascer a primeira filha para descobrir que o bicho mãe se transformara numa espécie ainda mais vigoroso chamado avó. Para quem ainda não viveu a experiência, avó é mãe em dose dupla.
Apesar de tudo continuei acreditando na tese da morte lenta e demorada, e aos poucos fui me sentindo mais distsnte e autônomo, mesmo que a intervalos regulares ela reaparecesse em minha vida desempenhando papéis importantes e únicos, papéis que somente ela poderia protagonizar.
Mas o final dessa história, ao contrário do que eu sempre imaginei, foi ela que definiu:
Quando menos esperava, ela decidiu morrer.
Assim, sem mais, nem menos, sem pedir licença ou permissão, sem data marcada ou ocasião para despedida. Ela simplesmente se foi, deixando a lição que mães são para sempre.
Ao contrário do que sempre imaginei, são elas que decidem o quanto esta eternidade pode durar em vida, e quando fica relegado para o estéreo terrena da saudade.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

...Fraseando...
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. "Se o mundo é mesmo parecido com o que vejo, prefiro acreditar no mundo do meu jeito" (Renato Russo)
Videozinho bacana...amei!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Para que viver!? Ah claro...
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Colin Wilson, um autor inglês consagrado, em um de seus livros escreveu um texto relatando sua tentativa de suicídio aos 16 anos:
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“Entrei no laboratório de química da escola, e peguei o vidro de veneno. Coloquei num copo diante de mim, olhei bastante, reparei na cor, e imaginei o possível gosto que teria. Então aproximei o ácido de meu rosto, e senti seu cheiro; neste momento, minha mente deu um salto até o futuro - e eu podia senti-lo queimando a minha garganta, abrindo um buraco no meu estômago. Fiquei alguns momentos segurando o copo em minhas mãos, saboreando a possibilidade da morte, até pensar comigo mesmo: se sou valente para me matar de forma tão dolorosa, também sou valente para continuar vivendo”.
By Clarice Lispector...
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